Sabe aquela velha fórmula de geração de conteúdo relevante e material educativo? Pois é, chegou a hora de ir além. No RD Summit de 2015, o que mais se viu dentro das palestras de content market, ou marketing de conteúdo, foram propostas que extrapolam a plataforma de blogs e e-books. Sim, eles continuam sendo importantes e, talvez, sejam os únicos sobreviventes após o boom das novas técnicas, mas o aumento em apostas com mais formatos se tornou uma questão de sobrevivência na conquista dos clientes. Inclusive para os setores considerados mais técnicos, como a área de tecnologia.
As novas apostas, aliás, incluem até mesmo a geração de conteúdo para cursos on-line sobre o segmento. O que pode ser bastante aplicável dentro das novidades constantes que surgem em tecnologia. O que você acha de criar um professor especializado dentro da sua empresa e oferecer uma certificação gratuita para os usuários? Este foi apenas um dos cases citados no evento. A partir disso, desenvolve-se um esquema de compartilhamento de diploma ou de selo de aprovação. Outros modelos incluem ainda geradores de serviços para os usuários, compra de mídia diretamente com parceiros, pesquisas com empresas e prospects relevantes e, é claro, conteúdo diferenciado. Até mesmo uma planilha sobre características e comparações de componentes tecnológicos. Sim, o que importa, no final, é o conteúdo.
Uma das palestras que fecharam a trilha avançada de Marketing do primeiro dia do RDSummit contou com uma sala lotada e fila de espera, tudo para ouvir a experiência de geração de conteúdo de Henrique Carvalho, fundador de um dos blogs de maior sucesso da internet, o ViverdeBlog. Para a sua palestra, Carvalho trouxe diversas dicas práticas para produção de conteúdo e atração do usuário por meio de design e propaganda. “94% das pessoas saem de um site por não confiarem no design, por exemplo”, afirma.
Segundo Carvalho, existem três principais tipos de artigos para geração de conteúdo relevante: a superhistória pessoal, que cria conexões com as pessoas; os que investem no rankeamento orgânico; e, por fim, os que possuem o intuito de viralizarem nas redes sociais. Contudo, para que qualquer um dos três possa alcançar os resultados pretendidos, é necessário ainda contar com as chamadas “características de um conteúdo épico”. Embora seja fácil visualizar os modelos em conteúdos B2C, é preciso que o setor B2B e as empresas de tecnologia também se atentem para as novas possibilidades. Talvez não com exemplos pessoais, mas cases de empresas e empreendedores. Ou, ainda, com dados que falem por si só.
Faça o seu check-list: títulos matadores, introdução poderosa, palavras de transição bem colocadas, repetição de palavras com ritmo, conteúdo escaneável, storytelling, palavras de efeito mágico (ou frases de impacto), revisão de ortografia, boas imagens dividindo o texto e CTAs (chamadas para ação) bem colocados e sem excesso (no máximo dois). Ou seja, adeus clichês. Bem-vindos, formatos e conteúdos épicos.
Crédito de imagem: Cassiano Ferraz
Autora original: Janine Costa