É comum sair de cursos e palestras sobre Marketing e Jornada de Conteúdo com a cabeça fervilhando de ideias e cheio de perguntas para serem feitas para a estratégia de inbound da empresa: por onde começar a produção de conteúdo?, com que frequência devo publicar no blog?, como engajar a audiência e traduzí-la em comentários?, entre outras. Na palestra do fundador do site Viver de Blog, Henrique de Carvalho, durante o RD Summit 2016, não foi diferente. No entanto, entre as várias dicas que o CEO deu para a produção de conteúdos memoráveis, indicou também vários livros eficazes para a consolidação dessa metodologia.
Como organizar o tempo para investir na produção de conteúdo, como lidar com excesso de informação da internet (e transformar o ruído de comunicação em informação, de fato) e como criar textos que modifiquem a vida das pessoas são alguns dos temas abordados nesses livros. Interessou? Então, continue a leitura e saiba por onde começar sua estratégia de marketing de conteúdo.
Na obra, o autor deixa muito claro que a forma tradicional de fazer marketing não é mais suficiente. Os 5p’s não acompanharam a mudança no comportamento do consumidor e, portanto, não garantem mais o sucesso de uma estratégia. Como resolver esse impasse, então? Seth Godin sugere um sexto P, que ele chamou de Purple (roxo em inglês). A explicação para o termo veio de uma história que viveu durante uma viagem em família.
Nela, Godin observou muitos pastos e muitas vacas. Admirou a paisagem por cerca de 20 minutos, até que perdeu o interesse. Depois de muito ignorar o rebanho, passou por uma vaca roxa, que voltou a prender sua atenção. Para o autor, as empresas devem ser a vaca roxa chamando a atenção no meio de um rebanho.
E o que a vaca roxa tem a ver com a produção de conteúdo? Henrique de Carvalho lembra que o segredo dos textos memoráveis é o posicionamento da marca. Como sua empresa tem se posicionada no mercado para ser lembrada? O conteúdo do seu blog deve conter uma Proposta Única de Valor (PUV), deve despertar a emoção dos visitantes (dos prospects e dos clientes), pois a emoção impacta diretamente no compartilhamento desse conteúdo.
No livro, o autor mostra como o marketing viral é mais eficaz do que a publicidade tradicional. Para tanto, analisou vários artigos do New York Times, classificou cada conteúdo com um tipo de emoção e correlacionou com o número de compartilhamentos que o texto gerou. A ideia era entender porque as pessoas compartilham alguns conteúdos e outros não, porque algumas ideias dão certo e outras ficam estacionadas.
Berger revelou a ciência por detrás do marketing viral por meio de seis passos:
Você consegue fazer uma conexão entre esses seis passos e a produção de conteúdo da sua estratégia de Inbound Marketing? Crie posts que contem boas histórias, tente despertar emoções na audiência e entregue um valor prático para a vida das pessoas. No Viver de Blog, por exemplo, um dos arquivos mais acessos é o infográfico 80 erros gramaticais que fazem você parecer um idiota. Henrique de Carvalho explica que o sucesso da estratégia está no título que desperta vários sentimentos na audiência (como alguém que marca um colega por brincadeira, por exemplo), mas também por ter uma aplicação prática no cotidiano das pessoas. A produção de conteúdo, portanto, não deve existir apenas para preencher o calendário editorial, mas para transformar a vida da audiência.
O livro fala sobre a maldição do conhecimento. Você já parou para pensar como seria hoje não saber o que já sabe? Parece confuso, não é mesmo? Mas isso é o que acontece todos os dias na produção de conteúdo. Muitas vezes, as informações já estão tão absorvidas e naturalizadas que você não consegue mais explicar isso de forma simples.
Encontre o núcleo da informação que você quer passar, tente colocar em prática a pirâmide invertida utilizada no jornalismo: insira as informações mais importantes primeiro e depois inclua os detalhes. Não esqueça que a chave para motivar seu público-alvo é passar uma mensagem clara que o ajude a tomar decisões à medida que tem contato com sua ideia.
Henrique de Carvalho lembra que é importante se manter faminto por novidades e conhecimento, mas se manter humilde. Voltar ao básico sempre e ter muita clareza na mensagem que você passa para as pessoas.
A 4ª dica de leitura de Henrique de Carvalho já ganhou uma versão em português: Scrum – a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo. Jeff Sutherland criou a metodologia Scrum em parceria com Ken Schwaber , em 1993, com o objetivo de otimizar o trabalho nas empresas de desenvolvimento de software. As mudanças e os ganhos nas organizações foram tantas que Jeff escreveu este livro para explicar para os gestores do mundo dos negócios como o Scrum pode ser implementado fora da área tecnológica: como organizar projetos com equipes reduzidas, como priorizar tarefas, como definir os sprints semanais e mensais e como tornar as reuniões diárias breves são algumas das transformações abordadas na obra.
Um dos pontos destacados por Henrique de Carvalho é como a multitarefa deixa o colaborador mais improdutivo. O livro apresenta dados de uma pesquisa realizada pela universidade de Londres que mostrou uma queda de até 10 pontos no QI das pessoas quando estão executando mais de uma atividade por vez. Além disso, quando você interrompe uma atividade para começar outra – como atender o telefone para escrever um texto, por exemplo – pode representar uma perda de produtividade de até 75%, já que será necessário retomar o contexto da atividade interrompida. Uma dica do blogueiro para resolver esse impasse é ter mais disciplina. “É necessário entender o que tira sua criatividade e seu poder de ação na hora da produção de conteúdo”, explicou.
O livro explica como as organizações precisam investir em Storytelling para ampliar seus resultados. E quem deve estar no centro dessas histórias não são as empresas, mas os clientes. É exatamente por esse motivo que o autor faz uma paralelo entre as companhias e a história de Narciso, afinal algumas vezes, os gestores são tão vaidosos que acabam falando apenas de si, da empresa e dos produtos e esquecem de analisar as dores dos clientes ou que valor pode ser entregue a eles na hora da produção de conteúdo. A obra de Jonah Sachs, portanto, mostra como escrever histórias que dêem significado para vida das pessoas, que as inspiram e as façam compartilhar o conteúdo que você publica.
Henrique de Carvalho lembrou que a empresa é a mentora da história que guia a audiência numa jornada de transformação das pessoas que se interessam e estão lendo o seu conteúdo hoje. Quem é o herói da história da sua empresa?
Agora que você já conhece as dicas de leitura de Henrique de Carvalho para a produção de conteúdos memoráveis, veja as 10 ferramentas de marketing digital indicadas pelo CEO do Viver de Blog, que valem a pena investir.
Autora original: Rosângela Menezes