Lembro que, assim que entrei na Dialetto, logo comecei a participar das reuniões rotineiras da agência – que não eram poucas. Isso, além de contemplar um desafio pessoal, era bastante motivador para um estagiário que queria se sentir parte da equipe o mais rápido possível.
Mas não foi um caminho tão fácil: parecia que todos estavam falando uma linguagem totalmente diferente do que eu estava habituado. Afinal, o que seria Snippet? O que é UTM? Keyword de cauda longa?
Isso, de fato, me assustou. Então, me vi à frente de duas opções: ou eu apenas esperava as coisas acontecerem lentamente, até que alguém me explicasse cada detalhe, ou eu iria atrás de todas essas informações, sem muito medo de errar.
A segunda opção me pareceu muito mais interessante, e um pensamento não saia da minha cabeça: “logo eu vou entender essas coisas que eles tanto falam”.
E isso aconteceu muito antes do que eu poderia imaginar. Não apenas por pesquisas rápidas no Google ou leituras de artigos em sites especializados, mas principalmente pela equipe que eu tinha ao meu redor.
A cultura da Dialetto não acontece apenas no papel ou em frases coladas na parede. O comprometimento, a colaboração, o respeito e a leveza dos meus colegas de trabalho no dia a dia foi o que me deu mais confiança para me desenvolver mais rapidamente – seja por conversas rápidas, compartilhamento de boas práticas, toques ou feedbacks. Tudo aconteceu de forma natural.
E foi assim que a minha evolução na criação de e-mail marketing – uma das minhas principais atribuições – aconteceu antes mesmo de eu perceber.
Todos esses valores, que faziam parte do meu cotidiano, eram, de alguma forma, transmitidos por meio da produção desses e-mails. E isso foi fundamental para me mostrar como a cultura de uma empresa realmente impacta nas entregas e na percepção do cliente.
Com isso, aprendi que o e-mail marketing não é apenas oferecer, vender ou empurrar algum produto ao leitor – é uma proposta de valor.
Então, aqui seguem alguns pontos que eu classifico como fundamentais para qualquer criação de e-mail marketing:
Essa é a peça principal: conheça muito bem a persona com quem você está falando. Antes de qualquer disparo de e-mail, é fundamental conhecer as suas dores, desafios, formas que mais gostam de se comunicar e de consumir conteúdos. Sabendo desses detalhes, o caminho para um e-mail eficiente fica mais curto.
É preciso ter empatia, ser sutil e entender o contexto em que o e-mail está sendo enviado. Considere o momento, o dia, o cenário do mercado. Por exemplo: e-mails enviados em momentos de crise apresentam uma abordagem completamente diferente do que os e-mails enviados em momentos de êxito.
Criar um e-mail empático, claro e objetivo ao mesmo tempo, pode ser um desafio.
Esse é um ponto que merece bastante atenção, e, aqui, conhecer a persona pode ser um diferencial!
Nesse caso, a contextualização não deve ser confundida com “enrolação”!
Sempre que você for conversar com o usuário antes de oferecer o conteúdo, evento ou produto, busque escrever cada parágrafo de forma bem amarrada, ou seja, de uma maneira que exista um início, meio e fim – estabelecendo uma conexão entre eles e preparando o destinatário para a oferta de valor.
Isso ajuda bastante a evitar que o texto cause cansaço ou desinteresse.
A dica aqui é não escrever pensando nos milhares de leads da base que receberão esses e-mails em suas caixas de entrada, mas escrever para aquela única pessoa que, assim como nós, tem dias bons e ruins, dificuldades, conquistas e sentimentos.
Depois que comecei a ter essa visão, percebi que o desenvolvimento dos e-mails ficou mais fluido e natural. Vale a tentativa!
Lembre-se de que a conversa é de um para um, é pessoal, é humana.
As pessoas gostam de se comunicar com pessoas. Se possível, apresente-se, fale na primeira pessoa e assine o e-mail com seu nome, foto e contato. Isso é determinante na impressão do leitor, contribuindo enormemente no engajamento.
Transmitir emoção e vínculo é mais um processo totalmente relacionado ao conhecimento sobre a persona. A partir do momento que você consegue se pôr no lugar do leitor, ele se identifica com o texto e se sente parte daquela história. Depois disso, o engajamento é natural.
A empatia, na verdade, ajuda a potencializar a conversão por meio dessas técnicas. Então, não deixe de trazer relevância, curiosidade, senso de urgência e o valor através de gatilhos mentais e CTAs!
Utilizar o primeiro nome do usuário, tanto no assunto, quanto no corpo de texto, costuma ter mais engajamento. Experimente essa técnica com a sua persona e avalie os resultados!
Aqui, vale fazer um teste A/B. Mas lembre-se que para realizar esse tipo de teste, é muito importante que a amostra de leads seja considerável.
Atenção com o português! A linguagem mais técnica ou despojada pode variar entre cada persona, mas sempre atente-se a erros de digitação. As falhas mais simples podem causar certa desconfiança ao leitor. Por isso, não esqueça de revisar seu texto e, se possível, peça a um(a) colega para conferir a escrita.
Antes de ativar qualquer campanha de e-mail, faça todos os testes para garantir que nada aconteça fora do previsto. Assim, você vai ter tempo de corrigir aquele link errado para o seu blog post, por exemplo, sem que isso comprometa o resultado.
As boas práticas de empatia no envio de um e-mail marketing podem ir muito além dessas acima. Mas, o mais importante, na minha visão, é justamente o significado da palavra: ponha-se no lugar do próximo.
Acredito que, sem dúvidas, esse é um grande passo para se atingir bons resultados de performance. Afinal, o nosso desenvolvimento profissional não está apenas relacionado à precisão técnica ou estratégica, mas também à maneira de enxergar as pessoas e processos, de ser, de saber ouvir, de se comunicar, de conviver.
O marketing é volátil e é sempre um desafio. Mas uma coisa é certa: o aprendizado precisa ser contínuo.
Assistente de Inbound Marketing na Dialetto e estudante de Administração na Universidade Federal de Santa Catarina. Iniciante na jornada do marketing digital e interessado em performance, design e mídias sociais.